quinta-feira, 12 de agosto de 2010

GINÁSTICA RITMICA DESPORTIVA

Ginástica rítmica
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Ginástica rítmica

Ginastas rítmicas em apresentação no começo da regularização da prática em modalidade oficial da ginástica pela FIG.

Olímpico desde:
1984
Desporto:
Ginástica rítmica
Praticado por: Senhoras


Campeã Olímpica
Pequim 2008

Evgeniya Kanaeva
Rússia

Campeã do Mundo
Mie 2009

Evgeniya Kanaeva
Rússia


A ginástica rítmica, também conhecida como GRD ou ginástica rítmica desportiva, é uma ramificação da ginástica que possui infinitas possibilidades de movimentos corporais combinados aos elementos de ballet e dança teatral, realizados fluentemente em harmonia com a música e coordenados com o manejo dos aparelhos próprios desta modalidade olímpica, que são a corda, o arco, a bola, as maças e a fita. Praticada apenas por mulheres em nível de competição, tem ainda uma prática masculina surgida no Japão. Pode ser iniciada em média aos seis anos e não há idade limite para finalizar a prática, na qual se encontra competições individuais ou em conjunto. Seus eventos são realizados sempre sobre um tablado e seu tempo de realização varia entre 75, para as provas individuais, e 150 segundos, para as provas coletivas.
A ginástica rítmica desenvolve harmonia, graça e beleza em movimentos criativos, traduzidos em expressões pessoais através da combinação musical e técnica, que transmite, acima de tudo satisfação estética aos que a assistem. Surgida através dos estudos de Russeau, assim como as demais modalidades, transformou-se durante o passar dos anos, sempre ligada à dança e à musicalidade, até chegar à União Soviética, onde desenvolve-se como prática esportiva, e à Alemanha, onde ganhou os aparelhos conhecidos hoje.A ginasta precisa ter graça, leveza, beleza e técnicas precisas em seus movimentos para demonstrar harmonia e entrosamento com a música e suas companheiras, em um ambiente de expressão corporal contextualizada inclusive pelos sentimentos transmitidos através do corpo. Fisicamente, é função desta modalidade desenvolver o corpo em sua totalidade, por meio dos movimentos naturais aperifeiçoados pelo ritmo e pelas capacidades psicomotoras nos âmbitos físico, artístico e expressivo. Por essa reunião de característica, é chamada de esporte-arte.
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História e evolução


Isadora Duncan: "A bailarina dos pés descalços, como era chamada, esta norte americana interpretava a música através da nudez e tinha a concepção de que o ritmo e a dança eram formas de expressão do belo; beleza esta transmitida pelo corpo humano em significantes movimentos livres" (Gaio [1])
Os primeiros estudos sobre a ginástica rítmica, bem como das demais modalidades, foram esboçados pelo pedagogo Jean-Jacques Rousseau, que, enquanto estudava sobre o papel da ginástica na educação física, descreveu seu desenvolvimento técnico e prático na educação infantil. Mais adiante, Guts Muths, tido um dos pioneiros da ginástica em si voltada para o fortalecimento do indivíduo, a voltou também para a saúde. No entanto, apenas no século seguinte, o XIX, a modalidade realmente começou a se enraizar. François Delsarte, foi o primeiro a lançar suas ideias a respeito da expressão de sentimentos pelos movimentos corporais. Mais tarde, Émile Jaques-Dalcroze iniciou a prática de exercícios rítmicos como meio de desenvolvimento da sensibilidade musical através dos movimentos do corpo, o que funcionou como uma espécie de continuidade do trabalho primeiro. Desenvolveu ainda estudos dos quais obteve como resultado a relação harmonica dos movimentos com o equilíbrio e os estados do sistema nervoso central, chamados de sentimentos, o que gerou grande influência na formação das escolas de dança e um gradativo desempenho na educação física, pois esta ganhava um novo olhar e uma nova ramificação. Em seguida, um aluno de Dalcroze, Rudolf Bode, melhorou os movimentos, os deixando mais naturais e integrais, também com o intuito de demonstrar, por intermédio dos movimentos, os estados emocionais do praticante. A isso, somou a utilização de aparelhos com o objetivo de ornamentar a apresentação e as característica femininas, estabeleceu os princípios básicos da ginástica rítmica, seguidos ainda hoje, e tornou-se com isso o pai da modalidade. Suas teorias fundamentaram-se na contração e no relaxamento, as essências do movimento humano e do ritmo corporal, além de explorar as direções e planos em todas as suas possibilidades, que constituem a base da variação dos deslocamentos na ginástica rítmica atual. Introduziu ainda a expressão, marca desta ginástica, e o trabalho em grupos, que destaca a harmonia entre as participantes.[2][3]
Com o trabalho continuado, Isadora Duncan adaptou o sistema à dança, sua especialidade, retirou a ginástica rítmica de dentro da modalidade artística, para a qual deixou a musicalidade, e levou-a até a União Soviética, onde iniciou o ensino desta nova atividade como prática independente, incluídas as regras para competições. Lá, em 1942, foi realizado o primeiro evento competitivo: O Campeonato Nacional Soviético. Em paralelo ao trabalho de Duncan, na Alemanha, Heinrich Medau estudou os exercícios rítmicos daquela época e iniciou a elaboração e a introdução de aparelhos como a bola, as maças e o arco, considerado o primeiro passo para a utilização dos aparelhos nos exercícios femininos como se vê nas competições regidas pela FIG. Em 1961, foi apresentada à Federação Internacional de Ginástica. Dois anos depois, houve a realização do primeiro campeonato mundial, na cidade de Budapeste, com a participação de dez nações, na qual a soviética Ludmila Savinkova sagrou-se como a primeira campeã.[4][5][2]


Apesar de começar e se enraizar como modalidade estritamente feminina, seus criadores foram, em maioria, homens. Na imagem, François Delsarte.
Em 1975, através de decisão tomada em Assembléia Técnica do 53º Congresso da FIG, passou a ser chamada oficialmente de ginástica rítmica desportiva, regida então pela entidade. Em 1980, foi reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional, integrando então os Jogos de Moscou como modalidade de apresentação. Nesse mesmo ano, passou a ser chamada apenas de ginástica rítmica. Na Olimpíada seguinte, em 1984, em Los Angeles, passou a ser modalidade competitiva com evenos individuais. A partir dos Jogos de Atlanta, em 1996, passou a ser disputada em provas de conjunto.[6]


Modalidade masculina
Prioritariamente um esporte feminino, a ginástica rítmica ganhou uma versão masculina desenvolvida no Japão durante os anos de 1970. Enquanto na versão feminina valoriza-se a beleza da graciosidade e a sutileza dos movimentos harmônicos envoltos pela música, a modalidade masculina exalta força e resistência combinando a ginástica tradicional feminina com a arte marcial do wushu. Os homens competem em grupos de seis atletas sem aparelhos e em uma apresentação que se assemelha ao aparelho solo da ginástica artística masculina. Entre os elementos exigidos estão o equilíbrio, de obrigatoriedade também feminina, os saltos verticais e a formação de correntes, como elos. Individualmente, o ginasta já manuseia aparelhos, que se apresentam em um total de quatro: dois arcos menores (no lugar de um grande para o feminino), dois bastões longos (de uso exclusivo masculino), duas maças, como para as mulheres, e a corda. A popularidade desda variante da ginástica rítmica, já tingiu outros países dentro e fora da Ásia. Além da Malásia e da Coreia do Sul no continente, pratica-se a GR masculina na Austrália, na Rússia, nos Estados Unidos e no Canadá. Acrescido a estes mais timidamente, está também o México. Sem o reconhecimento da FIG, estas nações reúnem-se para realizarem seus campeonatos nacionais e internacionais.[7]
O uniforme é geralmente composto de camiseta colant com calças ou short. Em vinte anos contados a partir de seu surgimento, as competições se espalharam por alguns outros países além do criador Japão. Em 2003, aconteceu o primeiro campeonato internacional com cinco países participantes. Em 2005, o número aumentou para sete. Por ser um esporte ainda novo, as competições são realizadas sob a autoridade da FIG, embora ainda sem o aval da mesma. Com um número de ginastas inscritos nesta variação já na casa dos milheres só no Japão, esta nação, como as demais, pleiteia ante à entidade pelo reconhecimento do esporte.[7]
A ginasta
Características e preparação


Pequena ginasta rítmica em apresentação. É durante a infância que se desenvolvem as habilidades a serem mantidas durante o auge de sua forma física e psicológica.O porte físico de uma atleta da ginástica rítmica é mais esguio que de uma ginasta artística, geralmente muito baixas e fortes. Como não necessitam apenas de força para passarem por suas rotinas, as rítmicas apresentam-se com uma estrutura física mais magra e menos definida. Em comum, as ginastas possuem uma maturação óssea tardia, em geral aos dezoito anos, o que demonstra uma compensação do atraso ocorrido entre os treze e os quinze anos, fase esta em que as atletas se preparam para entrar em grandes competições bem no auge de suas formas físicas e de equilíbrio.[8]
Caracterizada por alto grau de exigência coordenativa das atletas, esta modalidade tem na simetria e na bilateralidade, princípios fundamentais para uma boa execução, além de uma elegância e beleza destacáveis.[4] Por se tratar de uma prática de alta dificuldade técnica, cujo o alto nível é atingido em idade jovem, é necessário que se inicie os treinamentos o mais cedo que se puder, como acontece no caso de sua antecessora, a ginástica artística.[9] Como treinamento, o ideal é que a modalidade seja praticada a partir dos seis anos, pois as meninas possuem um potencial de desenvolvimento capaz de ser sustentado no estágio amadurecido da maior parte das habilidades motoras fundamentais, isto é, entre os quinze e vinte anos de idade. A introdução de aparelhos deve ser feita de forma gradual para que a criança se adapte às características de cada um deles.[10] Nesta prática ginástica deve-se desenvolver ainda as seguintes habilidades: força, energia, flexibilidade, agilidade, destreza e resistência, para que atinja grau técnico rítmico, isto é, para que seja capaz de mostrar vigor, graça e harmonia dos movimentos em apresentação.[4]
De um modo geral, a ginástica rítmica possui três características a serem trabalhadas pelas praticantes: os movimentos corporais, o manuseio de aparatos e o acompanhamento musical. Esses três elementos juntos, formam a unidade que fundamenta esta modalidade. Na prática, seu treinamento baseia-se no comando direto, que visa a repetição das tarefas, e no ensino-aprendizagem, através do qual a ginasta conheceria e identificaria a lógica de seu movimento.[11] Como preparação, a ginasta tem os exercícios físicos iniciados na infância, para favorecer seu crescimento e também sua interação social, bem como aprimorar sua coordenação motora, além do prazer e do estímulo advindos da prática. Tal preparação é feita visando o futuro, no qual a atleta terá sua aptidão física melhorada e usufruirá de experiências surgidas através do convívio em equipe, bem como uma estruturação psicológica maior, ao ter de se deparar com situações opositoras, como a vitória e a derrota. Ao contrário do que pode pensar, o treinamento físico só se torna prejudicial quando mal acompanhado e aliado a uma má alimentação.[12][13]
Outro ponto a se destacar durante a preparação das ginastas é a alimentação. Em sua fase de desenvolvimento esportivo, uma boa educação alimentar é fundamental para a manutenção do desempenho tanto físico quanto intelectual. Por isso, é preciso um estudo com cada praticante para que se obtenha uma ingestão calórica precisa, de acordo com a necessidade diária de cada uma delas. Como a estética também é ponto fundamental de análise durante uma apresentação, ocorrem ainda as restrições alimentares, também acompanhadas por especialistas, para que a atleta não prejudique sua saúde.[14]
Em suma, para que se tenha uma praticante ideal da ginástica rítmica, é preciso uma interação entre atleta, técnico e familiares, para que se criem hábitos adequados, tanto alimentares e sociais quanto de segurança, para a manutenção do bem estar físico e psicológico, que gerarão efeitos positivos sobre o desempenho intectual e esportivo das moças.[12]
Movimentos


Um exemplo da altitude.
Os chamados elementos corporais são a base dos exercícios individuais e de conjuntos, que podem ser realizados em várias direções, planos, com ou sem deslocamento, em apoio sobre um ou dois pés e coordenados com movimentos de todo o corpo. Andar, correr, saltar, saltitar, balançar, circunduzir, girar, equilibrar, ondular, lançar e recuperar são elementos corporais obrigatórios e acompanhados por estímulo musical.[4] Durante a realização dos movimentos, a graça e a beleza deles também contam na avaliação das árbitras, já que a harmonia com a música deve gerar interação, além de demonstrar entrosamento nas apresentações de grupo. Entre os principais movimentos realizados nesta modalidade estão:[15]
• A atitude: na qual a atleta se posiciona sobre uma das pernas e levanta a outra.
• A onda: com flexibilidade, a ginasta movimenta seu corpo imitando uma onda.
• O moinho: no qual a atleta consegue, com a ajuda de aparelhos como as maças e as cordas, formar um círculo à sua volta com os movimentos dos braços.
• O pivote ou pivot: que trata de uma rotação de 360º sobre um pé.
• O véu: que são os movimentos de rotação de uma corda em torno do corpo da atleta.
Esses movimentos básicos, no entanto, unem-se a outros, de acordo com o equipamento específico utilizado na apresentação. Apesar disso, não deixam de ser variações apenas dos movimentos listados acima. São exemplos: equilíbrio em prancha, salto Cabriole, pivot 360º em retiré e onda lateral.[16]


Equipamentos


A fita, o aparelho considerado mais plástico da modalidade.
Regida pela FIG como exclusivamente feminina, é uma modalidade totalmente baseada nos exercícios de solo. O tablado, localizado sempre dentro de um ginásio coberto, é a área de competição que deve ter as dimensões de 14 x 14 m, composto por um material elástico, que amortece possíveis quedas e ajuda ao impulso dos saltos, geralmente em uma cor clara como o bege bordeado por uma outra, de tonalidade mais acentuada, como o vermelho ou azul, no qual as ginastas devem realizar suas séries.[17] Em particular, a penalidade para a atleta que termina sua apresentação fora do tablado ou sair dele durante a série é de 0,500 ponto. A mesma vale para a ginasta que praticar aquecimento dentro da área de competição.[18]
Os equipamentos desta ginástica são os chamados aparatos, extensores do corpo da praticante. Neste caso equipamento não é dividido dos aparelhos, como ocorre na modalidade artística, que coloca braçadeiras e munhequeiras em outro grupo de utilidade, que não no mesmo da trave de equilíbrio e das argolas, por exemplo. Todavia, o uniforme feminino das atletas rítmicas é composto por um collant de lycra sem mangas ou de mangas longas, podendo ou não ser usado um pequeno saiote por cima e sapatilhas nos pés. Além disso, as moças podem usar luvas e o pó de magnésio, e devem ter os cabelos curtos ou usá-los presos, também para não prejudicar a movimentação.[15]
] Aparatos
São cinco os aparatos utilizados pelas ginastas nesta modalidade, descritos da seguinte forma:[18][19]

• Corda - Pode ser feita de cânhamo ou qualquer material sintético, desde que permaneça leve e flexível. Seu tamanho é proporcional à altura da ginasta. Esse aparelho possui também nós em suas extremidades. As extremidades da corda podem ser recobertas com material antiderrapante em cor neutra. Os elementos podem ser realizados com a corda aberta ou dobrada, presa em uma ou nas duas mãos, em direções diferentes, sobre diferentes planos, com ou sem deslocamento, com apoio sobre um ou os dois pés ou sobre uma outra parte do corpo. As ginastas lançam e recuperam a corda executando saltos, giros, ondulações e equilíbrio. Os principais elementos corporais da corda são os saltos.

• Arco - O arco é feito de madeira ou plástico, sendo importante que o material não deforme ou seja muito pesado. Possui entre 80 e 90 cm de diâmetro interno e pesa pelo menos de 300 mg. Deve ser rígido, mas sem se dobrar. Este aparato define um espaço, que deve ser usado plenamente pela ginasta, movendo-se de acordo com o círculo formado. São requeridas freqüentes trocas de mãos e uma boa coordenação de movimentos. O formato do arco ou aro, como também é chamado, favorece rolamentos, passagens, rotações, saltos e pontes. Seus elementos corporais principais são os saltos, pivotes e equilíbrios.

• Bola - Feita de plástico ou de borracha, deve ter um diâmetro entre 18 e 20 cm e pesar pelo menos 400 mg. Único aparelho que não é permitido permanecer em contínuo contato com a atleta, a bola deve estar em constante movimento pelo corpo ou em equilíbrio. Jogada e recuperada com controle e precisão, é um elemento dinâmico que valoriza a série da ginasta. Os elementos corporais devem ser executados sobre o apoio de um ou dois pés ou qualquer outra parte do corpo e devem ter forma fixa, ampla e bem definida. Flexibilidade e ondas são os elementos corporais principais deste aparelho.

• Maças - São feitas de madeira ou plástico e devem ter entre 40 e 50 cm de comprimento e pesar pelo menos 150 mg cada. A parte mais grossa é chamada de corpo, a parte mais afilada, de pescoço e a parte formada por uma esfera de 3 cm de diâmetro é a cabeça. Delicadeza das mãos é fundamental para se trabalhar bem com esse aparelho. A ginasta usa as maças para executar rolamentos, círculos, curvas e formar o número máximo possível de figuras assimétricas, combinando-as com várias figuras formadas apenas pelo corpo. Exercícios com as maças requerem alto grau de ritmo, coordenação e precisão para boas recuperações. O equilíbrio é o elemento corporal mais importante deste aparelho.

• Fita - É considerado o aparelho mais plástico da ginástica rítmica e composto por duas partes: o estilete, uma vareta que segura a fita e que pode ser feito de madeira, bambu, plástico ou fibra de vidro e deve medir 0.5 cm de diâmetro e entre 50 e 60 cm de comprimento. Sua forma pode ser cilíndrica, cônica ou uma combinação das duas formas; a fita é de cetim ou outro material semelhante, desde que não engomado. Seu peso não deve ultrapassar 35 mg e deve ter no máximo 4 e 6 cm de largura e 6 metros de comprimento para ginastas de nível adulto. Longa, pode ser lançada em qualquer direção para criar desenhos no espaço, formando imagens e formatos de todo o tipo. Serpentinas, espirais e arremessos exigem da ginasta coordenação, leveza, agilidade e plasticidade. O elemento corporal da fita são os pivotes.
Fabricantes
Com o avanço técnico sofrido pela modalidade, padronizaram-se os equipamentos e novos fabricantes surgiram por todo o mundo para atender a demanda e melhorar os materias usados para dar maior segurança aos praticantes. Entre as principais fabricantes dos aparelhos estão a francesa Gymnova, responsável pela fabricação dos tablados e pelos Jogos Olímpicos de Londres,[20][21] e a alemã, Spieth, que, além de também fabricar os tablados, confecciona os aparatos usados pelas moças, todos certificados pela Federação Internacional entre os anos de 2007 e 2008.[22] Gymnova e Spieth, as constantes nos eventos internacionais recentes, apresentam-se nas cores creme e vermelha (Gymnova) e azul e branca (Spieth).
A Federação Internacional

Todas as competições oficiais da modalidade rítmica são reguladas pela Federação Internacional de Ginástica, que atende pela sigla FIG.[6] É ela que estabelece normas e calendários para todos os eventos internacionais. Fundada em 1881, a FIG rege todas as modalidades da ginástica desde então. Em 1975, esta modalidade foi reconhecidamente oficial.[23] As competições nacionais são geralmente regulamentadas pelas diversas federações locais. A FIG tem ainda a responsabilidade sobre o Código de Pontuação, a publicação que orienta os ginastas, técnicos e árbitros na elaboração, composição e avaliação das séries em todas as provas, e que ainda rege os resultados da modalidade. A entidade impõe um limite mínimo de idade para competições oficiais de nível sênior de quinze anos. Este limite impede a entrada de ginastas pré-adolescentes em competição, o que poderia implicar em problemas de saúde futuros.[24]
A FIG é responsável pela realização do Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica e pela Copa do Mundo de Ginástica Rítmica, realizada em várias etapas. Existem ainda diversas outras competições, a nível continental, nacional e regional.[18] Filidas a ela está a União Europeia de Ginástica, a União Africana de Ginástica, a União Pan-americana de Ginástica e a União Asiática de Ginástica, que respondem diretamente por suas federações e confederações filiadas continentais.[25]

Violações no esporte
A Federação Internacional possui diversas regras para questões de doping e falsificação etária. Tais regras possuem graus de punição mediana à severa, variando caso a caso, reincidente ou não. Porém, sempre aplicadas visando o melhor para o esporte e seus praticantes:[26]
Doping e limite de idade


A ginasta Anna Bessonova, detentora de 24 medalhas mundiais e duas olímpicas.
Bem como nas demais modalidades da ginástica, uma das violações possíveis de ocorrer na rítmica é o doping. Visando o controle e a manutenção da boa conduta, a FIG estabelece testes antidoping antes, durante e após a realização dos eventos, podendo realiza-los até mesmo quando as ginastas estão fora de competições.[26] Contudo, como suas filiadas, as Uniões devem também efetuar o controle em seus respectivos continentes, como faz a União Europeia de Ginástica.[27] Com as medidas disciplinares, não são muitos os casos de doping nesta modalidade. No entanto, entre os casos mais famosos de dopagem bioquímica da ginástica rítmica, está o da mais condecorada ginasta que já competiu até o ano de 2006, Alina Kabaeva. Em 2001, a alteta perdeu suas seis medalhas conquistadas no Mundial de Madri, pela comprovação de doping nos Jogos da Amizade, embora não tenha sido banida da competição e nem do esporte.[28] Outra ginasta reprovada em teste foi a ucraniana medalhista olímpica, Anna Bessonova. Em 2002, recebeu dois meses de punição sem poder competir, devido a presença de furosemida, mesma razão pela qual Kabaeva teve suas medalhas retiradas no ano anterior.[29]
Entre as punições moderadas da Federação estão a retirada de medalhas, a desclassificação e o afastamento temporário. Já a mais severa, causada por reinscidência, é o banimento do esporte.[26]
Segundo as regras descritas no Regulamento Técnico da Federação Internacional, a idade mínima para as participantes da ginástica rítmica é de dezesseis anos, sem exceção de competição, como ocorreu com a artística feminina durante algum tempo. O controle que evita a falsificação etária é feito através de um processo de creditação da FIG antes das competições oficiais. A comissão organizadora do evento, junto a um secretário da entidade verifica a idade das atletas, na mesma medida em que verifica suas nacionalidades.[30] Como punição, o Código de Disciplina aplica medidas moderadas, como a retirada das medalhas, a desqualificação no evento e o afastamento temporário.[26]
Nesta modalidade, não há relatos registrados de falsificações etárias em competições oficiais, tanto regidas pela FIG quanto regidas pelo Comitê Olímpico Internacional.[a]
Regulamento geral
O formato


Ginastas da equipe de Poá, cidade brasileira de São Paulo, em uma competição.
Esta modalidade possui duas categorias diferentes de competição: a individual e a por equipes, chamada também de grupos, composta por cinco ginastas. Na rítmica, as atletas competem com cinco aparelhos. Contudo, em um espaço de dois em dois anos, um é deixado de fora, o que gera uma rotação olímpica marcada sempre pela ausência de um aparelho diferente. Na competição individual as atletas apresentam quatro rotinas diferentes, uma para cada aparelho. Já na de grupos são duas as apresentações: na primeira, as cinco ginastas utilizam cinco aparelhos idênticos, enquanto na segunda, apresentam-se com dois distintos, na disposição de dois mais três.[31] Estas apresentações variam em tempo. Enquanto as individuais duram 75 segundos, as por grupos duram 150.[3] Pelas regras da Federação, as competições dividem-se em três etapas, mais as disputas por equipes:[31]
• Competição I – Qualificatória: Esta etapa qualifica para a chamada Competição II, a do individual geral, que conta com as três melhores apresentações em cada aparelho para a final geral, e com as oito melhores em cada equipameto para a final de cada aparato, chamada de Competição III. É ainda nessa fase que se define a final por equipes, formada pelas oito melhores colocadas.
• Final por equipes: Nesta prova conta-se um total de doze exercícios, três para cada aparelho, a serem realizados pelas ginastas participantes. Seu somatório define as dez primeiras colocadas, que passaram pela fase de classificação, entre elas, as medalhistas.
• Competição II - Individual geral: Aqui definem-se as vencedoras e o ranking final da disputa individual geral. Como na competição I, as ginastas se apresentam nos aparelhos e o total é utilizado para a nota final, que definirá as posições das 24 ginastas qualificadas na C I.
• Competição III - Final por aparelhos: Nesta etapa as ginastas classificadas para cada um dos quatro aparelhos, posicionadas de uma a oitava, repetem suas apresentações para definirem as colocações e as vencedoras de cada aparato.
Julgamento


Pódio de disputa individual, realizada em Baku 2009.
Em geral, cada exercício deve incluir elementos de dificuldade B e de dificuldade A, que pela ordem semelhante em todas as ginásticas, significam os elementos mais básicos da tabela. Nas finais, são exigidos também elementos de maior dificuldade, C e D, um dos quais deve ser executado com a mão esquerda. A totalidade do tablado deve ser utilizado durante o exercício, e os elementos devem fluir na coreografia, ao contrário da modalidade artística feminina, na qual são sequenciais. Outro detalhe é a ordem dos aparelhos, que é decidida pela Federação Internacional de Ginástica. Durante as apresentações são contados as faltas e os bônus, como os problemas de equilíbrio e a originalidade de uma coreografia. Historiacamente, um comitê técnico dentro da Federação detectava erros e potenciais a serem desenvolvidos dentro desta modalidade. Nesse sentido, até 1984, a ênfase dos movimentos era dada aos aparelhos. Após as Olimpíadas de Barcelona, em 1992, o destaque passou a ser o desempenho das ginastas.[32][33]
Por fim, as notas são avaliadas por um grupo de quatro árbitras, que avaliam o valor da dificuldade corporal, chamado D1, o valor da dificuldade do aparelho, denominada D2, e o valor artístico da série, que atende por VA. O júri de execução então, avalia as faltas técnicas.[31][33] Em uma disputa, são utilizados três painéis de quatro juízes cada: o júri D, que avalia a dificuldade dos movimentos das ginastas e dos aparelhos, em um máximo a ser atingido de dez pontos na média dos dois; o júri A, que avalia a parte artística e a sincronia da rotina com a música e a expressividade da ginasta, também em uma nota máxima de dez pontos; e o júri E, que avalia as falhas técnicas, também chamadas de erros de execução, em um total de dez a ser debitado. Desse modo, a pontuação final (PF) é feita da seguinte forma:[31]
(D1 + D2) / 2 + A + E = PF
ou seja
(10 + 10) / 2 + 10 + 10 = 30 p

quarta-feira, 28 de julho de 2010

HANDEBOL - PROFª KATIA - EDUCAÇÃO FISICA

Atribui-se a invenção do Handebol ao professor Karl Schellenz, da Escola Normal de Educação Física de Berlim, durante a primeira guerra mundial. No iníco, o Handebol era praticado apenas por moças e as primeiras partidas foram realizadas nos arredores de Berlim. Os campos tinham 40x20m. Pouco depois em campos de dimensões maiores, o esporte passou a ser praticado por homens e logo se espalhou por toda a Europa.

Em 1927 foi criada a Federação Internacional de Handebol Amador, F.I.H.A. Mas, em 1946, durante o congreso de Copenhague (10 a 13 de julho), os suecos oficializaram seu Handebol de Salão para apenas 7 jogadores por equipe, passando a F.I.H.A. a denominar-se Federação Internacional de Handebol, F.I.H., e o jogo de 11 jogadores em segundo plano.

Em 1933 foi criada a federação alemã que, três anos depois, introduzia o Handebol nos Jogos Olímpicos de Berlim. Em 1954, a F.I.H. contava com 25 nações. No dia 26 de Fevereiro de 1940 foi fundada, em São Paulo, a Federação Paulista de Handebol, mas o esporte já era praticado no Brasil desde 1930. Até 1950, a sede da F.I.H. era na Suécia. Transferiu-se no ano seguinte para a Suíça.

A primeira vez que o Handebol foi disputado em uma olimpíada foi em 1936, depois foi retirado e voltou em 1972, já na sua nova versão (de 7 jogadores) e em 1976 o Handebol feminino também passou a fazer parte dos Jogos Olímpicos.

A Origem do Handebol

O Handebol é um dos esportes mais antigos de que que se tem notícia. Ele ja apresentou uma grande variedade de formas até a praticada atualmente.

Um jogo com bola foi descrito por Homero em "A Odisséia", onde a bola era jogada com as mãos e o objetivo era ultrapassar o oponente, através de passes, isto está gravado em uma pedra na cidade de Atenas e data de 600 A.C.. De acordo com as escritas do médico Romano, Claudius Galenus (130-200 D.C.), os Romanos possuiam um jogo de Handebol chamado "Harpaston". Na Idade Média, as legiões de cavaleiros jogavam um jogo de bola, o qual era fundamentado em passes e metas, isto foi descrito por Walther von der Vogelwide (1170-1230), que o chamou de "Jogo de Pegar Bola", que é precursor do atual jogo de Handebol. Na França, Rabelais(1494-1533), fala sobre um jogo de Handebol em que "Eles jogam bola, usando a palma da mão".

O Supervisor de Educação Física Alemão, Holger Nielsen, adaptou o "Haanbold-Spiel" (Jogo de Handebol) para ser jogado em quadras, na cidade de Ortrup em 1848, remodelando as regras e método como o jogo deveria ser praticado. Eventualmente os alemães desenvolveram o esporte e finalisaram as regras em 1897, onde atualmente é baseado o Handebol de Quadra (Indoor) e o Handebol Olímpico. Era uma forma de 7 jogadores por time, em uma quadra pouco maior do que a de Basquete, com gols de Futebol de 2m de altura por 2,5m de comprimento.

Na Suécia, em 1910, G. Wallstrom foi quem introduziu o Handebol. Na Alemanha, em 1912, Hirschmann (O Secretário Geral Alemão da Associação Internaciona de Futebol) tentou introduzir o Handebol em um jogo de "campo", seguindo as regras do Futebol. Durante 1915-1917, o Supervisor de Educação Física Max Heiser (1879-1921), introduziu o Handebol de Campo para as mulheres, sendo considerado o real criador do esporte, assim como Karl Schelenz (1890-1956), um professor de esportes da Escola Superior de Educação Física é considerado o fundador do Handebol. Karl Schelenz foi o responsável pelo desenvolvimento do Handebol na Alemanha, Austria e Suiça, onde ele foi treinador.

Em 13 de Setembro de 1920, Carl Diem, o Diretor da Escola Superior de Educação Física Alemã, completou o estabelecimento do esporte no cenário mundial, reconhecendo-o oficialmente como esporte. O jogo era praticado em campos de Futebol com traves do mesmo tamanho. O primeiro jogo internacional foi disputado em 3 de Setembro de 1925, com vitória da Alemanha sobre a Austria por 6 a 3.

A Era Pioneira do Handebol

Durante seu desenvolvimento, o jogo de Handebol não era reconhecido como um esporte independente, assim como o Basquete e o Volei, era representado pelas Associações de Educação Física e Associações Atléticas Nacionais. Em um nível internacional, a Federação Atlética Amadora Internacional (FAAI) observou os interesses do Handebol desde 1928. Um Comitê Especial foi formado no VII Congresso da FAAI na Holanda, em 1926, para organizar os países que praticavam Handebol para formar "regras básicas" para eventos internacionais. A FAAI estava preparando e organizando a formação de uma associação internacional independente e exclusiva ao Handebol.

O congresso se formou em 4 de Agosto de 1928 em Amsterdam, Holanda, onde 11 países criaram a Federação Internacional de Handebol Amador (FIHA). O Handebol se tornou um esporte internacional em 1934, sendo jogado por 25 membros da FIHA. O primeiro "grande" evento internacional de Handebol ocorreu em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, e no 10° aniversário da FIHA, o primeiro Campeonato Mundial de Handebol, realizado em 1938.

Após o término da II Guerra Mundial, o jogo cresceu rapidamente no âmbito internacional e em 1946, após a FIHA ser considerada extinta, foi fundada a atual Federação Internacional de Handebol (FIH), na Dinamarca. A partir de 1952, o Handebol de Campo era dominante nas nações participantes. O Handebol de Quadra (Indoor) era mais praticado por países do Norte Europeu. No entanto, devido a condições climáticas e o fato de que após o "Hóckey no Gelo", o Handebol de Quadra era o esporte mais rápido existente, este começou a ganhar muita popularidade pelo mundo.

Com regras de outros esportes introduzidas e maiores punições à faltas violentas, o jogo se tornou mais seguro, simples de se jogar e mais emocionante de se observar. O Handebol se tornou um esporte de inverno, levando o espectador a sair do frio e se emocionar com mais ação e maiores placares do que o Futebol. A partir de 1960 o Handebol de Campo perdeu rapidamente sua popularidade e o último Campeonato Mundial foi disputado em 1966.

O Handebol sempre foi dominado por nações Européias. Nos anos em que estava se praticando o Handebol de Campo, Alemanha, Austria e Dinamarca dominaram o cenário mundia, também pelo fato de não ter muitas nações fora da Europa que praticavam o esporte.

A Era Amadora do Handebol

Durante a 64° Sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI) em Madri, os membros do COI decidiram incluir novamente o Handebol no programa dos Jogos Olímpicos, mas desta vez o Handebol de Quadra (Indoor) foi o escolhido. Este foi o primeiro "grande" evento do Handebol de Quadra, Os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, apenas para homens, as competições femininas foram introduzidas em 1976, nos Jogos Olímpicos de Montreal. O Campeonato Mundial foi reintroduzido em 1949 para homens e mulheres, as competições juniores para ambos os sexos foram introduzidas em 1977, O Handebol foi praticado na maioria por jogadores amadores durante as décadas de 50 à 70, porém alguns jogadores mais destacados eram patrocinados pelos Governos ou por companias.

Os países do Leste Europeu se tornaram competitivos e passaram a dominar o esporte, com destaque para a União Soviética (Russia), Romênia, Yugoslávisa e Hungria que geralmente apareciam entre os três melhores países em competições internacionais, tanto para homens, quanto para mulheres. Apenas a Suécia e a Alemanha apresentavam resistência à esses países

A Era Profissional do Handebol

Com o término da Guerra Fria, e o colapso dos países do Leste Europeu, muitas dessas nações sofreram um temporário problema econômico, com efeito e reflexo em alguns times nacionais que perderam o topo da liderança e um grande número de bons técnicos migraram para outras nações. Países como França, Espanha e Alemanha começaram a dominar o cenário mundial. Juntamente, alguns países Africanos (Algeria e Egito) e Asiáticos (Coréia do Sul e Japão) começaram a se destacar nas competições internacionais (especialmente nos Jogos Olímpicos) durante os últimos anos da década de 80 e durante os anos 90.

A condição amadora do Handebol no cenário internacional foi transformada por jogadores sob contrato com clubes ou organizações. O Handebol de Quadra é hoje o mais popular tipo de Handebol. A variedade de Campo é raramente praticada atualmente, apenas em algumas ocasiões por antigos adimiradores. Portanto hoje não se usa mais o termo "Handebol de Quadra" e apenas "Handebol" para designar o esporte. Durante os últimos anos da década de 90, está se popularizando uma versão de "Handebol de Areia"(ou de praia) conhecida como "Hand Beach", com torneios e pequenos campeonatos espalhados por diversos países.

História Olímpica

O Handebol fez sua estréia nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936. Na época era mais popular e mais divulgado o Handebol de Campo. Este era praticado em campos de grama com dimensões e gols similares aos do Futebol, com 11 jogadores por equipe. Houve apenas competições masculinas e esta foi a única vez que este tipo de Handebol participou das Olimpíadas (atualmente não se pratica mais esta variável do Handebol, ocorrem ocasionalmente apenas alguns jogos em eventos ou por antigos adimiradores).

Sendo reintroduzido nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, o Handebol voltou ao cronograma olímpico mas com outra modalidade, o Handebol de Quadra (conhecido atualmente apenas por Handebol). Este possui times com 7 jogadores, é praticado em quadras de 40m por 20m e gols de 2m por 3m. Em 1972 apenas ocorreram competições masculinas. As competições femininas foram introduzidas nos Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976. A partir desta data não houveram mudanças significativas do Handebol nas Olimpíadas.

NO MUNDO

O Handebol não foi criado ou inventado A bola é sem dúvida um dos instrumentos desportivos mais antigos do mundo e vem cativando o homem há milênios. O jogo de "Urânia", praticado na antiga Grécia com uma bola do tamanho de uma maçã, usando as mãos mas sem balizas, é citado por Homero na Odisséia. Também os Romanos, segundo Cláudio Galeno (130-200 DC), conheciam um jogo praticado com as mãos, o "Harpastum". Mesmo durante a idade média, eram os jogos com bola praticados como lazer por rapazes e moças. Na França, Rabelais (1494-1533) citava uma espécie de handebol (esprés jouaiant â la balle, à la paume).

Em meados do século passado (1848), o professor dinamarquês Holger Nielsen criou, no Instituto de Ortrup, um jogo denominado "Haandbold", determinando suas regras. Na mesma época, os Tchecos conheciam jogo semelhante denominado "Hazena". Fala-se também de um jogo similar na Irlanda e no "El Balon" do uruguaio Gualberto Valetta, como precursores do handebol.

Todavia o Handebol, como se joga hoje, foi introduzido na última década do século passado, na Alemanha, como "Raftball". Quem o levou para o campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann, então Secretário da Federação lnternacional de Futebol. O período da I Grande Guerra (1915-1918) foi decisivo para o desenvolvimento do jogo, quando um professor de ginástica, o berlinense Max Heiser, criou um jogo ao ar livre para as operárias da Fábrica Siemens, derivado do "Torball", e quando os homens começaram a praticá-lo, o campo foi aumentado para as medidas do futebol.

Em 1919, o professor alemão Karl Schelenz reformulou o "Torball", alterando seu nome para "Handball" com as regras publicadas pela Federação Alemã de Ginástica para o jogo com 11 jogadores. Schelenz levou o jogo como competitivo para a Áustria, Suíça, além da Alemanha. Em 1920, o Diretor da Escola de Educação Física da Alemanha tornou o jogo desporto oficial.

A divulgação na Europa deste novo desporto não foi difícil, visto que Karl Schelenz era professor na então famosa Universidade de Berlim onde seus alunos, principalmente os estrangeiros, difundiram as regras então propostas para vários países.

Por sua vez, existia na Tchecoslováquia desde 1892 um jogo praticado num campo de 45x30m e com 7 jogadores que também era jogado com as mãos e o gol era feito em balizas de 3x2m. Este jogo, o "Hazena", segundo os livros, foi regulamentado pelo Professor Kristof Antonin, porém, somente em 1921 suas regras foram publicadas e divulgadas por toda a Europa. Mas, foi o Handebol jogado no campo de futebol, que chamamos de "Handebol de Campo", que teve maior popularização, tanto que foi incluído nos Jogos Olímpicos realizados em Berlim em 1936.

Com o grande crescimento do futebol com quem dividia o espaço de jogo, com as dificuldades do rigoroso inverno, muitos meses de frio e neve, o Handebol de Campo foi paulatinamente sendo substituído pelo Hazena que passou a ser o "Handebol a 7", chamado de "Handebol de Salão", que mostrou-se mais veloz e atrativo. Em 1972, nos Jogos Olímpicos realizados em Munique-Alemanha, o Handebol (não mais era necessário o complemento "de salão") foi incluído na categoria masculina, reafirmou-se em Montreal-Canadá em 1976 (masculino e feminino) e não mais parou de crescer.

NO BRASIL

O Handebol no Brasil Após a I Grande Guerra Mundial, um grande número de imigrantes alemães vieram para o Brasil estabelecendo-se na região sul por conta das semelhanças climáticas.

Dessa forma os brasileiros passaram a ter um maior contato com a cultura, tradição folclórica e por extensão as atividades recreativas e desportivas por eles praticadas, dentre os quais o então Handebol de Campo. Foi em São Paulo que ele teve seu maior desenvolvimento, principalmente quando em 26 de fevereiro de 1940 foi fundada a Federação Paulista de Handebol, tendo como seu 1 ° Presidenta Otto Schemelling.

O Handebol de Salão somente foi oficializado em 1954 quando a Federação Paulista de Handebol instituiu o I Torneio Aberto de Handebol que foi jogado em campo improvisado ao lado do campo de futebol do Esporte Clube Pinheiros, campo esse demarcado com cal (40x20m e balizas com caibros de madeira 3x2m).

Este Handebol praticado com 7 jogadores e em um espaço menor agradou de tal maneira que a Confederação Brasileira de Desportos - CBD órgão que congregava os Desportos Amadores a nível nacional, criou um departamento de Handebol possibilitando assim a organização de torneios e campeonatos brasileiros nas várias categorias masculina e feminina.

Contudo, a grande difusão do Handebol em todos os Estados adveio com a sua inclusão nos III Jogos Estudantis Brasileiros realizado em Belo Horizonte-MG em julho de 1971 como também nos Jogos Universitários Brasileiros realizado em Fortaleza-CE em julho de 1972. Como ilustração, nos JEB's/72 o Handebol teve a participação de aproximadamente 10 equipes femininas e 12 masculinas, já em 1973 nos IV JEB's em Maceió-AL tivemos cerca de 16 equipes femininas e 20 masculinas.

A atual Confederação Brasileira de Handebol - CBHb foi fundada em 1º de junho de 1979, tendo como primeira sede São Paulo e o primeiro Presidente foi o professor Jamil André.

Quadra

A quadra deve ser retangular, com um comprimento de 38 a 44m e uma largura de 18 a 22m (mas por convenção fala-se que as quadras de Handebol possuem comprimento de 40m e largura de 20m). A área privativa do goleiro será determinada por um semi-círculo cujo raio medirá 6m, desde o centro do gol. Nesta área somente o goleiro pode ficar, atacantes e defensores devem ficar fora dela (não é permitido nem pisar na linha, entretanto pode-se pula-la de fora para dentro, desde que se solte a bola enquanto estiver no ar).

O outro semi-círculo será colocado a 9m, este sendo tracejado e determinando a linha do tiro livre (de onde geralmente são cobradas as faltas realizadas pela defesa). A baliza possui largura interior de 3m e altura de 2m. Em frente e ao meio de cada baliza, e a uma distância de 7m, traça-se uma linha paralela à do gol, de 1m de comprimento e chamada de marca dos 7m (penalidade máxima), este lance apenas é ordenado com a execução de uma falta grave sobre o adversário enquanto este atacava a meta da defesa.

A quadra de Handebol e suas medidas

A quadra de Handebol e suas medidas

O Jogo

Em cada jogo confrontam-se duas equipes. Estas devem estar devidamente uniformizadas, a numeração dos jogadores deve ser visível e obrigatória. Cada equipe é composta por 12 jogadores, dos quais 6 de quadra, 1 goleiro e o restante na reserva. A duração de cada tempo é de 30 minutos, com intervalo de 10 minutos (Nas olimpíadas de Atlanta foi permitido a utilização de tempo, como no Voleibol).

O número de substituições é ilimitado, mas deve ser feito em um espaço de 4,45m, partindo da linha central da quadra (não é nescessário parar o jogo para realizar as substituições, e estas apenas podem se realizar após que o jogoador a ser substituído saia completamente da quadra).

Seu objetivo básico é ultrapassar o adversário através de toques de bola até atingir a meta adversária, marcando um ponto caso a bola ultrapasse a linha de gol. Para realizar tal coisa nescessita-se de muita habilidade e agilidade, pois o jogo é muito rápido e exige que os reflexos estegem bem apurados. Com o auxílio de jogadas "ensaiadas" (previamente treinadas) é possível confundir a defesa adversária e encantar o público.

A Bola

Bola de Handebol

Bola de Handebol

Existem três tamanhos de bolas de Handebol, cada uma possui um certo peso pré-determinado e representa uma categoria específica. São denominados por H3, H2 e H1. Elas tem que ser de couro e não escorregadias. (Para uma melhor aderência e maior liberdade nas jogadas usa-se uma cola especial para Handebol, aplicando-a nas pontas dos dedos).

H3 Esta é usada para a categoria Adulto Masculino (sendo a maior bola de Handebol), deve medir no início da partida, 58,4cm de circunferência e pesar 453,6 gramas.

H2 Esta bola é usada nas categorias Adulto Feminio e Juvenil Masculino (possuindo um tamanho intermediário), deve medir no início da partida 56,4cm de circunferência e pesar 368,5 gramas.

H1 Esta bola é usada nas categorias Infantis Masculino e Feminino e Juvenil Feminino.

POSIÇÕES

Ataque

Este desenho mostra as posições básicas do ataque.

No ataque, o time é dividido em: Pontas, Meias, Armador (conhecido também como Central), Pivô e Goleiro.

Armador

É a "locomotiva" do time no ataque. Este jogador esta no centro do ataque e comanda o curso e o tempo do mesmo. Este é geralmente o mais experiente jogador do time, deve saber arremesar com força e ter um grande repertório de passes. Deve possuir grande visão de jogo para se adaptar as mudanças na defesa adversária. Força, concentração, tempo de jogo e passes certos são o que destacam um bom armador.

Meia

O "combustível" do time no ataque. Os meias geralmente possuem os mais fortes arremessos e são, geralmente, os mais altos jogadores do time. (No masculino variam de 180cm a 210cm e no feminino variam de 175cm a 190cm). Entratanto existem exepcionais jogadores que são menores que a média, mas possuem arremessos poderosos e técnica muito apurada. Estes são geralmente os jogadores mais perigosos durante o ataque, pois os arremessos costumam partir deles ou de outro jogador o qual tenha recebido um passe dele.

Ponta

Geralmente são eles que começam as jogadas de ataque. Os pontas são velozes e ageis; e devem possuir a capacidade de arremessar em ângulos fechados. O destaque no arremesso não é a força, mas a habilidade e mira, podendo mudar o destino da bola apenas momentos antes de soltá-la em direção ao gol. Estes jogadores também são muito importantes nos contra-ataques, apoiados em sua velocidade e posicionamento.

Pivô

O "coringa" do time no ataque. Se posicionam entre as linhas de 6m e a de 9m. Seu objetivo é abrir espaço na defesa adversária para que seus companheiros possam arremesar de uma distância menor, ou se posicionar estratégicamente para que ele mesmo possa receber a bola e arremessar em direção ao gol. O pivô possui o maior repertório de arremessos do time, pois ele deve passar pelo goleiro e marcar o gol geralmente sem muita força, impulsão ou velocidade, e em jogadas geralmente rápidas.

Goleiro

Se o goleiro defender um arremesso ou conseguir um tiro livre, ele deve ter a habilidade e o raciocínio rápido para observar se algum jogador se encontra em uma posição de contra-ataque, fazendo assim o lançamento que deve ser rápido e certeiro. O goleiro não é apenas um jogador de defesa, mas um importante armador de contra-ataques.

Defesa

Este desenho mostra as posições báscias da defesa.

Os jogadores na defesa precisam trabalhar em equipe. Comunicação é absolutamente vital. Onde está o pivô? Quem está marcando quem? Aonde está o foco do ataque? No nível de elite do Handebol, existem times que possuem jogadores especializados na defesa, que são físicamente grandes, muito fortes, rápidos e com muita concentração. Esses jogadores ainda possuem a habilidade de detectar o foco do ataque e se adaptar as mudanças nas jogadas. Defensores situados no meio precisam ser muito fortes e altos para impedir os ataques dos meias e conter os pivôs.

O goleiro é vital na defesa. Um bom goleiro pode representar mais de 50% da performance de um time. Quando a defesa é penetrada, o goleiro é a ultima barreira ao atacante. Ele precisa ter um reflexo rápido, boa antecipação de onde o atacante pretende arremessar e habilidade de ajustar força, reflexos e total concentração (eliminado qualquer coisa que não seja referente ao jogo) foçando seu objetivo final, a defesa. O goleiro também deve se comunicar com seu time, (pois possui maior visão de jogo por estar fora dos lances de ataque)incentivando e alertando a defesa; e auxiliando e orientando seus companheiros no ataque.

Fonte: www.brasilhandebol.com.br

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domingo, 25 de abril de 2010

Gisela - professora de História
Olá alunos dos 6º anos C e D, durante essa semana de 26/04 a 30/o5/10 estudaremos os seguintes temas:

*O ser humano chega ao Brasil

* Como viviam os habitantes do Brasil

Atividades: registre, compreenda e leitura de mapas
Tarefa: atividades da apostila
Haverá chamada oral dos temas, após explicação.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Juiz multa pais de aluna pelo uso constante de celular em escola

Os pais de uma adolescente foram multados em R$ 1 mil por permitir que a filha entrasse com telefone celular em sala de aula.

A sanção foi aplicada pelo Juizado da Infância e da Juventude contra os pais de uma jovem de 16 anos, estudante da Escola Estadual Joaquim Antônio Pereira, de Fernandópolis, a 555 km de São Paulo.

Segundo o juiz Evandro Pelarin, "a multa é punir os pais por não exercerem o pátrio poder e permitir, entre outras infrações da filha, que ela infringisse por duas vezes uma lei estadual que proíbe o uso do celular durante as aulas".

A decisão refere que "a adolescente já vinha tendo comportamento inadequado; a escola enviou o caso para o Conselho Tutelar, que da primeira vez advertiu os pais, mas da segunda, confiscou o celular e pediu a Juízo que aplicássemos a multa por não-cumprimento do pátrio poder, um crime previsto no artigo 258 do Estatuto da Criança e do Adolescente".

Durante a instrução, os pais da estudante foram ouvidos e a mãe respondeu por escrito, que a filha não fazia, mas apenas recebia as ligações na sala de aula. A mãe disse no depoimento pessoal que "a família não tem dinheiro para pagar a multa" e que "não consegue controlar a filha".

A decisão está sendo contestada pelo Ministério Público, fundamentando que "o Conselho Tutelar falhou ao não buscar outras alternativas par solucionar o problema solicitando diretamente a punição dos pais".
Bom dia, queridos alunos e família!



Que neste ano de 2010, as bençãos de Deus nos protejam e que o Espírito Santo de Deus nos ilumine, abrindo nossa inteligência para o saber, para a sabedoria, para a aprendizagem e, principalmente, nos una e nos fortaleça para que tenhamos um ano sem viloência, sem medo, onde todos se socializem, vivendo em unidade, onde impere o amor ao próximo: "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei" - disse o mestre, Jesus Cristo.

Sônia Teresinha Ferrarezi Michelassi